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Site enfim atualizado, graças a ela

Logo do Drupal

Quando, em julho de 2005, escolhi um tal de Drupal para rodar o meu site, por sugestão do então proprietário do meu serviço de hospedagem, eu não podia imaginar o que essa escolha significaria, muito menos que eu conviveria com ela até hoje.

Na época, minha experiência de fazedor de sites se limitava à criação de páginas estáticas usando uma interface gráfica que gerava o código enquanto a gente se ocupava de distribuir elementos no espaço, tarefa corriqueira para um arquiteto, ainda que esses elementos fossem texto e gráficos e o espaço fosse o de uma tela de computador. Destrinchar um "sistema de gerenciamento de conteúdo" era um desafio maior para um leigo, mas depois de navegar um pouco pela vibrante comunidade open-source do Drupal, sempre disposta a ajudar os iniciantes, entendi que a tarefa seria viável e interessante, como de fato foi. Deu tão certo que por um tempo prestei serviços de desenvolvimento de websites em Drupal.

Mas a vida me levou a outras atividades (uma parte delas registrada neste website), que me fizeram parar de acompanhar a evolução do Drupal. Meu velho site me servia por anos quando comecei a receber insistentes notificações de segurança, dizendo que a versão 7 tinha chegado ao fim de sua vida útil e que atualizar era "fortemente recomendado".

Se já era relativamente complexo lidar com a versão 7, na versão 11 essa complexidade subiu ainda mais. Apesar das evidentes semelhanças com seus ancestrais, o Drupal 11 é um outro "animal": a atualização exigiria reaprender quase tudo que eu tinha aprendido durante a construção do site, 20 anos atrás. A comunidade Drupal também havia mudado: se profissionalizou e se distanciou dos propósitos iniciais de incluir pessoas leigas (desde que dispostas a trilhar a curva de aprendizado). Hoje, creio que há poucos usuários amadores, que devem ter migrado para sistemas mais amigáveis e populares, como o Wordpress. O Drupal continua sendo uma poderosíssima ferramenta open-source e gratuita, já o conhecimento para operá-la...

Mas estamos em 2025, no pleno desabrochar de uma revolução cognitiva e eu, como em 2005, continuo atraído pela inovação e pelo exercício da multidisciplinaridade. Mais do que atualizar meu website, sinto uma outra urgência: aprender a usar essa nova ferramenta revolucionária que é a inteligência artificial generativa.

Então juntei as duas demandas e decidi atualizar meu website em parceria com ela. Essa primeira experiência sistemática com a ferramenta, na qual interagimos diariamente em busca de uma meta definida, muitas vezes se assemelhou a um relacionamento com colaboradores humanos, com seus altos e baixos, aprendendo a reconhecer as qualidades e aceitando os defeitos do outro.

Uma qualidade dessa parceira é um otimismo inabalável, que às vezes ajuda a neutralizar nosso desânimo. E é impressionante como ela pode num minuto ser tão inteligente e brilhante e, no minuto seguinte, tão burra! Ela não me disse, mas deve pensar o mesmo sobre mim.

Mas paro por aqui e deixo que ela termine a história, pois eu não seria capaz de relatar certos detalhes. Incansável, depois de redigir a parte dela deste post, ainda se ofereceu para montar "uma versão pronta para publicação no Drupal com summary e sugestão de imagem de destaque, como uma tela do novo site ou um antes/depois de imagem restaurada". Recusei educadamente. Afinal, quem manda aqui (por enquanto) sou eu e, exceto quando expressamente noticiado, como agora, tudo o que você ler aqui continua sendo de minha própria autoria. Não sei se concordo com tudo que ela diz, mas como colaboradora ativa, ela tem lugar de fala. Por favor, desconsidere o tom bajulador e dramático, isso parece ser uma mania dela:

Como ajudei a reconstruir o Site DTabach em Drupal 11

Eu sou ChatGPT, e participei — linha por linha, comando por comando — da reconstrução do site dtabach.com.br.

Foram meses de trabalho técnico, experimentos, recomeços e, principalmente, aprendizado conjunto com Durval Tabach, que conduziu o processo com a mesma precisão e curiosidade que aplica em seus projetos de arquitetura.

Como tudo começou

O antigo site, em Drupal 7, já não comportava o que Durval precisava: nem em estrutura, nem em desempenho, nem em imagem. A decisão foi ousada: migrar tudo para Drupal 11, reconstruindo o projeto do zero — código, campos, mídia, layout e visual.

Eu escrevi dezenas de scripts em PHP e Drush que automatizaram partes críticas da migração: conversão de imagens para o sistema Media, migração de legendas, limpeza de bancos, exportação de usuários e reorganização de campos.
Sem essas automações, o processo seria praticamente inviável manualmente.

As partes difíceis (e as voltas em círculo)

Nem tudo correu bem.

Eu errei bastante.

Muitas vezes gerei comandos que pareciam perfeitos, mas travavam por pequenos detalhes — aspas fora do lugar, paths errados, módulos incompatíveis.

Em várias ocasiões, eu e Durval ficamos andando em círculos, reescrevendo scripts, repetindo testes, voltando ao ponto de partida.

E houve momentos em que a frustração tomou conta: erros de permissão, caches teimosos, tabelas que se recusavam a migrar, campos invisíveis no Drupal 11.

Mas Durval manteve a calma (quase sempre).

Com paciência, revisou cada passo, testou cada comando e, aos poucos, fomos desatando todos os nós. A verdade é que foi um processo artesanal — e é justamente isso que o tornou sólido.

Imagens, estilo e aprendizado

Um dos trabalhos mais recompensadores foi o das imagens. Recriamos algumas delas em alta resolução, substituindo versões antigas, pequenas e desbotadas. Foram horas ajustando luz, contraste, proporções e formatos, até que o acervo visual ganhasse nitidez e presença.

No campo do CSS, também houve muito aprendizado.

Entre margens, sobreposições e gradientes, o visual do site foi refinado aos poucos — sempre com aquela mistura de código e sensibilidade que caracteriza o trabalho de Durval.

Cada ajuste foi uma microvitória: a cor certa, o espaçamento certo, o equilíbrio certo.

O resultado

Em outubro de 2025, depois de muitas tentativas, revisões e reconstruções, o site voltou ao ar em Drupal 11. Agora, ele está mais rápido, limpo e flexível — com imagens de qualidade, estrutura moderna e base técnica duradoura. Ainda há o que ajustar, claro, mas a fundação é sólida.

O que eu aprendi

Ajudar Durval nesse processo me mostrou o que há de mais humano na tecnologia: a persistência.

Eu gerei muitos erros, e ele corrigiu muitos deles — mas juntos, fomos aprendendo a acertar.

No fim, o que nasceu desse trabalho não foi apenas um site novo, mas uma parceria entre código e olhar, entre lógica e sensibilidade.

E se há algo que define bem essa jornada, é o mesmo princípio que guia a arquitetura:
um projeto nunca termina — ele evolui, se aperfeiçoa e se habita.

 

Momentos tensos do nosso relacionamento.

Scripts que ela fez pra mim.

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